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PIADAS

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    [Páginas de gimudi.com.br] 05- Piadas de 081 a 100



    081- E se num gostá?

  • Mal acaba de conhcer aquela belezura de moça, o capiau fala:
    - Que tar apareçê no meu sítio pra iscutá uns discos de drupa caipira que truxe da cidade?
    - E se ieu num gostá das música que cê gosta, hein?
    - Tem pobrema não, a gente bota roupa e sai pra dar uma vorta de cavalo...

    082- folgado

  • O pai da Cida chama o Chico e encosta o caipira na parede:
    - Intão minha fia qué casá cocê? Quando vai ser o casório?
    - Ela ainda vai resorvê...
    - E ocês vão dá uma festa?
    - Minha mãe vai resorvê...
    - Já sabe de que manera vai sustentá a casa?
    - Isso deixo pro senhor resorvê, uai!

    083- Nome do burro

  • Seu Orestes, um fazendeiro muito letrado do interior de São paulo
    ficou sabendo que um de seus colonos,
    o Bastião, queria vender um burro. E perguntou:
    - Qual é o nome dele?
    - Num sei...
    - como não sabe? O animal não é seu?
    E o caipira:
    - Num sei qualé o nome dele, qui no coitado nunca me falô..
    Agora, eu costumo chamá ele de juca!

    084- Emergência médica

  • nterior de Goiás, lugarejo onde um único ônibus pinga-pinga percorre as estradinhas de terra.
    Naquele dia, o Tião perdeu a condução.
    Já estava anoitecendo e o caipira coçava a cabeça, penbsando no Cida,
    que ficou sazinha com as criançaas no meio do mato, Nisso, viu o doutor Carlos, o médico da vila,
    de prosa com o farmacêutico. o caipira foi falar com ele:
    - Quanto o doutor cobra pra ir inté o bairro das Abroba?
    O médico responde:
    - Cem reais!
    - I o sinhô pode i agorinha?
    - Claro! Sobe no meu carro!
    Chegando em casa, Tião abre a carteira e entrega uma nota de cem pro médico. E o doutor pergunta:
    - E cadê o doente?
    - Tem doente nenhum... É qui o motorista de táxi me pediu duzentos real! responde o caipira.

    085- Mal entendido

  • Tinha acabado de entrar o horário de verão.
    A caipira, complitamente por fora dos acontecimentos,
    vai à cidade com a netinha adolescente.
    Dois marmanjos conversam ali perto:
    - Zeca, que horas são?
    - Três na nova e duas na véia!
    - E dez na vossa mãe, seu disgramado, sem vergonha!

    086- Valentia

  • Na venda do mané, um caipira conta pro pessoal:
    - Precisava di vê como escapei por pouco duma baita onça outro dia...
    - Num diga...
    - De repinte, topei com a fera e carquei o gatilho da minha cartuchera! Mas, nada... a danada faiô.
    Aí, carquei de novo e faiô outra veiz. Aé, saí correndo e subi em riba duma árvre!
    Mas a oná escalou os gaio, doida pra botá as pata ni mim.
    sorte minha que a fera escorregô da árvre e caiu!
    - Nossa, cumpadre... que valentia! Se fosse comigo, tinha me cagado todinho! diz alguém.
    E o caipira:
    - E no que o cumpadre acha que a onça escorregô?

    087- Pai prevenido

  • O wellington, um playboy rural, tá de namoro com a filha do Tião.
    O rapaz, todo valente, tenta convencer o caipira:
    - Mais, seu Tião... Qual é o pobrema? Num vô arrancá nenhum pedaço da Suellen!
    E o velho caipira:
    - Uai... o pobrema num é arrancá! É ocê botá!

    088- Preguiça

  • Sentados em volta duma mesa, enquanto tomam um cafezinho com rapadura,
    dois caipiras morrem de preguiça. Um deles pergunta:
    - Será qui lá chovendo?
    - Sei não...
    - vai lá fora vê...
    - vai ocê...
    - Eu não...
    - Intão, chama o cão...
    - Chama ocê...
    - Duque!
    O cachorro entra na casa e fica entre os dois preguiçosos.
    - E então?
    - Tá chovendo não, cumpadre... O cão tá seco!

    089- Baita desgraça

  • Rodimeire estava carpindo uma rocinha lá perto do pasto, quando viu o touro subindo em cima da vaca.
    Cheia de tesão, a mocinha caipira subiu em cima da cerca pra apreciar melhor o espetáculo.
    Só que enfiou o pé no arame farpado, escorregou e caiu sentada,
    de bunda no chão, com as pernas abertas, mostrando tudo.
    Aí, ela percebe que tem um peão perto, vendo tudo. Sem jeito, a coitada diz:
    - Já viu desgraça maior do que a minha, Genésio?
    E o capiau:
    - A da vaca é muito maior, sô!

    090- Na escola da roça

  • A nova prefessora daquela escola rural pega o Tiãozinho no flagra,
    olhando direto pra prova do coleguinha da frente. Ela dá aquela bronca:
    - Eta moleque atrevido! Não tem vergonha de ficar colando o tempo todo?
    Você não tira os da prova do Ditinho!
    E o caipirinha cara-de-páu:
    - pois é, dona... Se ele tivesse uma letra mió, num percisava ficá olhando o tempo todo, Sô!

    091- O cumprimento

  • O Dito, o Tião e o Chico estão dando uma volta pela praça do arraial,
    quando passa um outro caipira, que cumprimenta:
    - Bão dia sor!
    - Dia! _ reponderam os três.
    Pois o seu belarmino deu bão-dia para eu e não procês! reclama o Dito.
    - por que cê acha isso? _ perguntam os outros dois.
    - Porque eu imprestei cem contos pra ele otro dia, uai!
    E o Tião:
    - Ora, pois eu garanto que ele cumprimentou eu!
    Acuntece qui tô devendo quinhentos contos pra ele faiz mais de ano!
    E o Chico:
    - Intão tá mais do que na cara que o home deu bão-dia pra eu.
    Sucede qui eu num devo nada pro homem e ele tamém num me deve nada, sô!

    092- De cobertura

  • Um fazendeiro de Goiás resolveu que ia aplicar o que ganhou com a venda da última safra de arroz,
    num imóvel no Rio, coisa de gente fina.
    Ligou pra um corretor carioca, que disse:
    -Você tem um bom apartamento a venda aí no Rio?
    - Tenho um apartamento muito bom, em Copacabana, de cobertura!
    - Não, não... pra cobertura tenho aqui em Goiânia mesmo. Aí, quero pra minha família!

    093- Boa explicação

  • Jorge, que é homem da cidade, estava passeando de carro pelas estradas do interior de Minas
    quando viu um capiau coçando a cabeça sem tirar o chapéu.
    O homem acha aquilo muito esquisito e pergunta:
    - Por que o senhor não tira o chapéu pra coçar a cabeça?
    E o caipira:
    - E por acaso arguém tira as carça pra coçá a bunda?

    094- Sem romantismo

  • O Dito e a Cida eram amantes há anos.
    Viviam juntos há mais de vinte anos. Um dia,
    depois de irem ao casamento duma sobrinha, a Cida diz:
    - Viu só que belezura de cerimônia? Bem que nóis tamém podia se casá...
    - A essa artura da vida, quem é que vai querê nóis, véia?

    095- O suicida

  • Belarmino tava pescando no seu ceveiro quando viu um sujeito pular no rio com roupa e tudo.
    O caipira pulou rapidinho na água e salvou o coitado.
    O suicida caminhou alguns metros e pulou outra vez no rio.
    Belarmino, que tava de olho no tal sujeito, salvou o cara de novo.
    O suicida caminhou alguns metros e subiu numa árvore para se enforcar.
    Em seguida, o caipira catou o caniço e voltou à pescaria, ficando de butuca no suicida.
    Dali a pouco, surge um monte de gente falando ao mesmo tempo. E um deles pergunta:
    - Mais, seu Belarmino... por que não feiiz nada pra sarvá esse homem?
    - Ora, eu sarvei o sujeito sim! Tirei ele da água duas veiz.
    Dispois, quando vi ele se dependurá na árvre, pensei qui tava querendo se secá, uai!

    096- Golpe da linguiça

  • O Zé e o Dito não querem saber de pegar no pesado, nem que estejam morrendo de fome.
    Um dia, quando passam pelo bar do Mané,
    sentem aquele cheirinho de comida e ficam com o estômago roncando.
    Nisso, o Dito tem uma bela idéia:
    - Sei dum jeito de nóis descolá uma bóia sem pagá.
    Dispois que eschê os bucho, cê bota uma lingúiça entre as perna e eu fico embaixo da mesa.
    Aí, o portuga vai pensá que nóis tá fazendo sacanagem e bota nóis pra fora na mema hora!
    O golpe deu certo e os dois malandros caipiras passaram a aplicar em tudo quanto é bar e restaurante.
    Eles se revezavam pra agir. Uma vez era o Dito que ia pra baixo da mesa, outra vez era o Zé.
    Um dia quase ao meio-dia, o Zé fala pro parceiro:
    - Dito, me passa a lingüiça, qui tá na hora da bóia!
    - Lingüiça? Que lingüiça? Ela estagô e eu joguei fora semana passada!

    097- Fofocando

  • Os dois caipiras se encontram numa venda:
    - Oi, cumpadre! Como vão as coisas?
    - Tudo bem! Vosmicê sabia que o Chico casou?
    - Sabia, não! Casou com a Lucimeire?
    - É, aquele mulherão! Agora o bicho tá que é um touro!
    - De forte?
    - Não, de chifre!

    098- Vaca doente

  • Minha vaca tá doente! lembra quendo a sua ficô doente? O que foi que você deu pra ela?
    - Dei uma ração especial. Se quisê, eu dou procê o que sobrô...
    Uma semana depois ele encontra de novo o compadre:
    - Você não vai acreditar, compadre!
    Eu dei a ração que oce me deu pra minha vaca e ela... ela morreu!
    - Olha sá que coincidência! A minha também!

    099- Sigilo

  • o Valdomiro fala pra Nico:
    - Você é capaz de grardar um segredo, cumpadre?
    E o Valdomiro:
    - Sabe o qui é... Tô precisando de mil reais!
    E o Nico:
    - Pode ficá tranquilo, cumpadre! vô fazê di conta que não ouvi!

    010- Lógica caipira

  • Dois caipiras trocam um dedo de prosa no arraial:
    - Sabe, cumpadre Tinoco, tenho um touro que mais parece boi capado...
    - Pois, cumpadre Dito... Tenho uma vaquinha novinha, bem mimosinha,
    que pode dá um jeito no bicho! Qué cruzá eles?
    Os sois entraram em acordo o touro traçou a vaca e,
    depois nasce um bezerrinho. Aí foi aquela consão danada:
    - Me discurpa, mas o bezerro é meu porque a vaca é minha!
    - Mas se num fosse meu touro, sua vaca num pegava cria.
    O bezerro é meu, sô!
    Os dois saem no tapa e vão parar na delegacia, onde o Tinoco conta:
    - Óia, doutor delegado... Supondo que eu sô um touro e o senhor, uma vaca...
    Eu como o senhor e aí nasce um bezerro. O bezerro é de quem?
    - É da puta que o pariu! - Responde o delegado, de saco cheio.
    E o Tinoco:
    - Tá vendo, Dito? O bezerro num é meu nem seu. É da minha mãe, sô!